sexta-feira, janeiro 11

Os demais aos neurônios.

Já lhe disse
Não me tomes.
Me deixe ir, pois
não vou deixar você
me tomar.
Da mesma forma que
digo que não estou,
digo a você, não está.
Não deixo, não me permito
não me flagro pensando
incessantemente.

Não me digas, não quero ouvir.
Depois você, simplesmente esquece.
Ou sei, como sei, que te entristece.
Fique como está, lhe garanto que
nada vai te acontecer.
Converso contigo, te digo a verdade
não te coloco na névoa, na relva alta,
na maré dentre a tormenta.
Só lhe protejo, acredite.

Não me tomes assim,
solte minha mão.
Não insista em me enlouquecer.
Digo que não, mas só
pra você não saber.
Que já está tomado,
de mãos atadas.

Não insista em me falar,
eu não quero ouvir.
Que aos demais ao ventrículo
tentam todo o tempo em
me flagrar.
Não digo que estou,
mas sabes.
Os demais ao ventrículo,
a minha alma até, tomam.

Não insista em falar,
até assim por mesmo, querer ouvir.
Eu não aguento seu demasiado
frenesi depois de um tempo, só tormento.
Então me deixe aqui, prefiro.
Quieta e sossegada, sem beira
sem rumo.
Que assim me conformo.
E peço que, os demais ao
ventrículo, por favor.
Me ouçam.

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