domingo, junho 15

Coisas que mudam

Não me importo mais como antes,
não atravesso o mundo para te ver,
não me concedo a falta de orgulho,
nem o destino a busca de um prazer.

Quando quero disco teu número,
te vejo por pura falta do que fazer,
se estou lá, está tudo realmente bem,
mas se não estou... não faz mal, tudo bem.

Não fico noites a assobiar teu nome,
nem escrevo mais versos que combinam
com a tua voz, nem descrevo a tua beleza,
de minha própria palavra, não sou mais algoz.

Não vejo sua foto como um pedaço meu,
nem ao menos consigo lembrar-me do teu rosto,
sua voz as vezes fala comigo para recordar-te
mas sequer as tuas palavras presto atenção, não ouço.

Não discuto mais a sua falta de atenção,
ou sua disfunção quanto a tal consideração,
não me importo com a sua carência
o teu plano ou sequer a tua mão.

Me mantenho na única paz que existe,
aquela que jamais se acha no outro,
a paz que o peito precisa, pede e agoniza,
quando se espera buscar a paz dentro do outro.

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