domingo, junho 15

O rumo.

Se fossemos menos egoístas, se houvesse mais confiança ou se a tal amizade pudesse fortificar o passo daqueles que caminham juntos, será que o rumo da vida seria diferente?
Os laços seriam mais fortes e a vida seria de plena comunhão. Porém, infelizmente as pessoas são de uma complexa e adorável forma, loucas. Todas elas.
Sempre existe alguém que sofre mais, sempre existe um outro alguém que não se importa. A fila do desapego é imensa e a dor no peito do que sofre, é descomunal. As vezes é interessante observar o quanto todos nós conseguimos enxergar a vida dos outros como um problema, - corrigindo, como um pequeno tropeço que pode ser resolvido com duas palavrinhas e uma garrafa da pior vodka que se possa imaginar - e em perplexo, assumimos o papel de uma jurisdição maior, que aponta todos os erros postos em mesa, para que, seja dado o veredicto.
As piores histórias do mundo são vistas, contadas e relatadas. E sempre, sempre... há de se ter uma resposta na ponta da língua. Mas enfim, quando estamos passando pelo little problem, a história muda um pouco de jurisdição, se é que vocês me entendem. Daí entra a falha humana,
colocar sempre seus sentimentos a frente de seu dom natural que o faz diferente dos animais.
A crença da vida em laços perfeitos é impossível, ninguém conseguirá - em santa e impreterível forma - sobreviver a um relacionamento, seja ele qual for, sem ao menos ter uma pequena desavença de pensamento, ação ou seja lá o que for que se faça hoje para viver a dois. Pois é, somos nós, cheios de defeitos,qualidades e vontades inconscientes. Incrível é que alguns conseguem controlar suas "necessidades, desejos e demandas", e digamos de passagem, a demanda está totalmente pesada, incisiva e imperdoável. Os tempos são outros.
E como fazer para sobreviver a tudo isso? Bem, vamos lá com a receita mágica, apontem seus lápis - ou coloquem a ponta na grafite - ou uma caneta, se preferir. A solução para todos os seus problemas está num lugar onde, creio eu, nunca procuramos. E onde será? Fala logo porra! Bem bem, vamos lá, a resposta está ai dentro. E vocês se perguntam, aqui dentro? O que essa maluca tá falando? Sim, a resposta está nesses miolos que a gente chama de cérebro, que por muitas vezes é inutilizado, jogado as traças. A resposta está como você lida com uma situação, e como isso responde ao rumo que a sua vida irá levar. Vejamos, um casal de namorados marca para sair, mas, derrepente o garoto precisa resolver um problema e não avisa a sua namorada. Algumas pessoas já estão espumando de raiva só de ler tal possibilidade, porém, ao invés de escândalos e múltiplos telefonemas, ou quem sabe, até mesmo mandar esmurrar o garoto. Ou pelo lado do nosso amigo esquecido, porque pelamordeDeus não mandou uma mensagem - mulher precisa de notícias, mulher precisa de tantas coisas que nesse espaço aqui faria uma dissertação com umas 500 páginas - enfim, somente um "Preciso resolver um problema, explico depois. Beijo"
E porque diabos não ligamos somente uma vez, para saber o que aconteceu? Bem, é sempre falho esse sistema de dar conselhos - Sou uma droga para me auto-medicar sentimentalmente - porém as vezes conseguimos desfrutar da situação do próximo para enriquecer nosso vasto e inconsolável curriculum de grandes amores e desastres da vida, que não são poucos, garanto.
Penso que através dos tempos, os relacionamentos duram cada vez menos. As pessoas não tem mais paciência para aguentar meios e manias do outro, não tem tempo para descobrir aquele mundo tão diferente e para quem sabe observar, tão encantador. Talvez por pura preguiça, ou por manter a velha e depreciável, vista cansada.
O rumo das situações mudam, de acordo como nos relacionamos com os nossos problemas. Desesperos e atitudes imediatas devem ser sempre repensadas, digo e reafirmo pois já fiz muita merda nessa vida, e tenho certeza que ainda irei fazer, em proporções menores óbvio.
E um pouco mais de compreensão, talvez amizade, pois amizade parte de respeito e consideração, duas coisas realmente necessárias para um casal ser feliz.
E que sejamos todos, errantes e decadentes algumas vezes, só para aprendermos a ser felizes do pior jeito, mas do jeito que tem de ser.

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