sábado, junho 7

In the Garden.

Talvez, a sorte de sentir a falta
daquela flor que jamais se abrira,
pois era a mais esperada, em beleza.

E por obra do destino ao amor inexistente,
a curiosa certeza que existe, e o platônico
sentir que reside em flor.

E se a grama pudesse pisar, pisaria.
Para dela estar próximo, desabrochar
em tuas pétalas, morrer em tuas raízes.

E sentiria a falta que a sua presença lhe faz,
e sentiria a vontade de ve-la apenas uma,
que pudesse transcender todo o resto.

Passeia pelos espaços abertos, onde não há..
não há quem possa dizer que nunca foi.
Mas a flor que nunca lhe abre as certezas, escondida está.

Do jardim que nada fala por puro prazer,
só lhe diz em vontade de manter-se taciturno
e o sopro da vida ao redor lhe ameniza... sim.

Mas talvez ir embora é preciso, se o platônico
lhe serve as mãos, amor teu de flor mais bela
e serena flor que nunca lhe teve as mãos.

Se nem os olhos a pôde tocar, será motivo
para ir embora novamente? Se a flor não se
abre por petulância... ou por tempo, só tempo.

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