terça-feira, junho 24

A mercê de uma paixão.

Estou a mercê de uma paixão,
daquela que some por algum tempo,
e volta quando menos se espera.
Volta no calar da noite, se arrastando.
Pedindo o teu consolo, teu colo.
Tomando teus lábios rosados,
aquecendo-os, devagar..
Como se pudesse sugar o rosar,
como se fizesse parar o mundo.

Estou a mercê de uma paixão,
que me mantém refém de meus desejos,
meu desejo único no momento,
de saciar essa minha ininterrupta vontade.
Não meço as minhas deixas, e deixo.
Deixo a minha vontade vagar pelo teu corpo.

Estou a mercê de uma paixão,
quando respiro todo o seu ser,
e coloco pra fora o pior de ti,
o pior dessa tua forma imponente.
Que não me deixa, volta... sempre.
Volta a me atormentar nas madrugadas.

Estou a mercê de uma paixão,
e me contorço na cama, volta e meia.
Meia volta eu penso na tua forma,
no desenhar da tua silhueta, névoa.
O unir da tua boca com a minha,
mas não unir o que sinto, não.

Estou a mercê de uma paixão,
que de mês em mês me toma,
quando termino de sacia-la,
fico enjoada de minha investida,
fico tonta de toda e qualquer vontade,
e te esqueço por mais alguns dias,
por mais algumas semanas...

E volto depois, a mercê da sua vontade..
da sua vontade?
Da minha, minha vontade...
de estar a mercê do seu desejo.

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