quarta-feira, junho 25

Praga

Eu conheço esse rosto,
dos traços fortes da barba,
ao delicado delinear da orelha.
Como fui esquecer quem és?
Como pude lembrar tal besteira.
Enfim se foi de mim aquilo,
será que realmente existiu?

Seus detalhes me recordo,
suas facetas me trazem,
esse rosto eu conheço,
mas a mim, nada fazem.

Olho pro teu rosto e nada vem,
olho pra minha vida, sem você
e não me desespero mais.
Quem é você agora?
Se nem te reconheço mais,
sentimento sem nome,
pele sem vontade,
manto de indiferença.

Essa falta,nem maldita, nem maldade.
Não existe, não existe mais aquela saudade.

Nenhum comentário: