quarta-feira, março 12

Cenotes.

Me jogaria sobre as àguas profundas, mas por puro prazer de entregar-me a imensidão..
Não seria uma virgem, entregue as oferendas Maias.. não me conceberiam glória, nem jóias.. tão pouco benção. Apenas me livraria, do peso que me assola. Me jogaria com tamanha intensidade, que poderia em suas profundezas me fazer abrigo, deter pensamento, de conceber-me dúvida... incessantemente.
Cenote meu de tamanho abrigo, que me faz recobrir-me sob tuas àguas, sob teu véu de certezas..
de profundas almas que falam, surtilégios à mercê dos envoltorios das águas... dos deuses, que entregues a ti, todas aquelas que foram devoradas e consumidas por suas milhares de gotas, que abraçam as virgens e concebem a glória.

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