quarta-feira, março 12

Quantas vezes.

Quantas vezes deixamos de fazer o que se quer, para fazer o que acham que devemos fazer? É difícil enxergar que as tuas aspirações não condizem com o resto, resto de tantos outros que você tinha de se importar por não ser aceito.
Entraves adolescentes, que ecoam até nos adultos. A dita maneira, forma, tracejo, do jeito que se deve ser, a forma como se deve agir, assim, pra ser do grupinho. Me cansei dos grupinhos, de gente normal, gente boazinha demais, gente de baladinha , gente que tem isso e aquilo,da gente que se diz legal, do fato consumado, das beldades ao meu lado e até dos fins de semana inesquecíveis... das segregações, discriminações e ríspidas palavras.
Quero apenas ser-me útil, sozinha, calada por algumas.. tagarela por tantas outras. Nem mais nem menos bonita, ou melhor do que ninguém, nem aceita nem excluída, nem modelo de ninguém nem cópia de todo o resto, nem pensamento copiado nem cópia, daqueles pensamentos....
Quero poder me olhar no espelho, saber quem sou, saber do que gosto e onde estou. Saber porque meu rosto é desta forma, meu cabelo não me obedece e meu nariz tem essa dobra. Reconhecer que ali existe alguém tão sensível, tão forte,tão solitária e tão querida,tão curiosa e até mesmo tímida, tão acertada e desacertada... tão humana, em todos os sentidos, tão contrária a si mesma dos adjetivos ao mexer do corpo. Tão eu, tão meu... quanto sempre torço.

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