sábado, março 8

Tundra

Me arremeço aos pólos e me faço invencível.
Não me detém a frieza nem o medo, não me
detém a falta que existe ou o infinito que me assola.
Cresço rasteira, humilde e sorrateira. Dobro
as esquinas dos temores e me faço tapete de
pouca luz, tapete de pouca coisa... qualquer coisa.
Tenho-me como força, resisto sobre os piores dias,
Ocupo espaço o bastante dentro de ti, para cercar-lhe
de determinação, apesar de tua fragilidade visível.
Tenha-me como tua raiz, teu fruto, apesar de não
levar aos céus minha presença, estou aqui, onde
residem tua significância, tua base... acredites.

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