quarta-feira, março 12

Memórias.

Ler-te, de México sangrento e florido...
me perco profundamente em tuas águas.
Nas mãos o mesmo, desprovido de joviais formas
cores alvas que se foram, só o ocre, preto e plástico
à sua capa.
Junto a mim, sândalo.. que tanto amo.
Perdido dentre tantas coisas, de sândalo, caneta,
papel, uma corrente fina e um brinco robusto.
Não me esqueço sândalo amigo, sobre tuas
pontas faíscas e aromas místicos e sedutores.
Árvore de sândalo, como me perderia em ti?
Como me perderia nas águas profundas, no murmurar
do vento ou nas flores que murcham...
Como em outras árvores jamais me perderia.. somente.
De árvore... extrair sândalo, extair papel..
nele importar pensamentos, dúvidas, críticas
e inebriar-me nas co-produções, árvore.
Palavras de um México, sangrento e florido..
de poesias cálidas e de grande profundeza humana.
De poemas nos olhos, prosa em pinturas, rimas em
beijos e sonetos em abraços...enlace de todas as palavras,
todos os sons, aromas e sentimentos, árvore, sândalo,
papel,México,águas perdidas, livros... memórias.

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