quarta-feira, março 19

Olheira

Cheguei atrasada novamente, corri pra faculdade, corro o tempo todo, quem me vê bem sabe. Um chocolate, um capuccino pense na felicidade? Estudar que é bom.. só fica na saudade.
Conversas e sorrisos, aquele miudinho de vaidade, por todos os corredores eu lanço meus olhos curiosos por toda a parte. Depois do estudioso tempo, o trampo me espera, antes dele ônibus, peso e barulheira. Lá me é um pouco mais calmo, sento, digito e pergunto. Como é que faz aquilo mesmo ? Depois de oito horas, de lá saio correndo, pro ponto de ônibus..
mas não adianta muito, o horário é de caos... mas a esperança de chegar em casa cedo me cutuca.
No ponto vejo tudo quanto é tipo de gente, do executivo ao baleiro.. da mulher bonita ao pedreiro, da menina baixinha e invocada a moça bonita vestida de terninho.
E como me apertam esses sapatos, as vezes penso em joga-los longe.. por muitas, penso.
Pego o bendito novamente, nem sento, não mesmo. Fico uma hora e alguns minutos nele, provavelmente uns quarenta minutos em pé, caindo de sono, caindo de fome... uff!
Quando chego, sabe-se lá porque.. sempre me sento no computador. Maldito sedutor, me chama pra escrever, pra falar, pra mandar um alô.. sabe? É um apelo que ele faz, me der por perto é sempre sentir-se útil, e quando vejo? Ahhhh quando eu vejo, já é tarde, bem tarde. Vou com essa cara de múmia dormir, lá pelas tantas da madruga.
E acordo com aquela bendita olheira que me faz chegar atrasada... novamente.

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