sexta-feira, março 14

Jurei.

Jurei não mais dizer-te uma palavra,
mas meus lábios são traidores eternos..
Jurei, pra mim.. que seria forte o suficiente.
Para me manter firme, intacta...
Jurei e cruzei os dedos, atrás do vestido..
para que ninguém visse que jurei, assim
jurei que não o amaria mais, tola.
A mais tola de todas...

Jurei com os dedos cruzados, menti sob
minha própria jura, pois quem jura mente..
mas quem mente, jura?
Jura que não vai mais embora, perguntei.
E jurei assim esquecer-te.. deixar-te a jura
de outra que pudesse ver-te.
Jurei, não jurar amar-te nunca mais, ou jurei
esquecer-te por ter jurado amores?
Já não sei...

Jurei não abraçar-te nunca mais.
Para que teus braços não me prendessem
sob teu inebriante calor, esse teu, jeito
jeito que me envolve, martírio das minhas juras.
Para manter-me firme, jurei novamente.
Até vela ascendi, rezei.. roguei pela minha paz.
Jurei, por todas as vezes que por ti me perdi
que em ti me perdi, mergulhei com tamanha
intensidade que nem vi, nem lembrei de mim.
E ao jurar com toda a força que pude ter, jurei
de todas as formas... não amar mais você.

E novamente cruzei os dedos, tola..

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