domingo, abril 6

Disco em branco.

Sou disco em branco,
sem graça e sem cores.
Ao passo que todos me vêem
me apontam e me discutem.
Sou a forma pela qual me enxergam,
sou boa e sou má, sou fria e sou brasa.

Sou um disco em branco,
de todas aquelas cores, todas elas.
Que nele existem... mas giro tão rápido
no meu epicentro, que não me incomodo
em abrilhantar os olhos alheios.

Giro sob minhas cores enfim,
de verdes, azuis, amarelos e vermelhos,
do cádmio, limão, ocre e bordô
Não me incomodo em ser, enquanto
sou, sou quando giro de forma rápida...
e sou, quando finalmente paro e me mostro.

Me mostro em cores, todas elas.
Que juntas, em giro não mostram ciência,
muito menos sua petulância.
Prefiro deter-me a rapidez, e cessar quando preciso.
Quando for a hora, quando preferir...

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