segunda-feira, abril 7

Labirinto.

Teci minha saída contra as paredes, em busca de enfrentar um homem touro. Passei sobre as paredes estreitas e deixei o fio ir das minhas mãos aos poucos.
Senti medo e frio, um frio que me tomara a mente. Mas meu maior trunfo e meu mais imenso receio... estavam por vir. Pois sim, eram vertentes que coexistiam... das quais jamais poderia me livrar, de uma ou outra.
O caminho me foi difícil, quase perdi o tecer do fio do qual seria o modo de retornar do meu labirinto. Por pouco me desesperei.
Era um jardim que se fechava a minha frente a cada pequeno passo a cada respirar com dificuldade. As paredes aos poucos me engoliam. Andei por muitas, cansei de tanto andar. Quando finalmente o encontrei, gelei por dentro. O via em sua robusta forma, o medo me corrompeu. Por alguns instantes relutei, mas lembrei que segui de muito longe para desistir em vão. E ainda me restava um fio, por um fio voltaria a minha vida, agora livre.
Tirei a coragem do bolso e ateei-lhe a espada no corpo. Ele caiu sobre meus olhos, e quando o vi sobre o chão ensanguentado, recobrei meu consciente e descobri... matei meu Minotauro que se escondia, e quando o fiz, retornei são e salvo pelo tecer do meu filamento de esperança.

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