terça-feira, abril 15

Pequenina.

Sentei no meio,
nas janelas de vidro,
e a pequena do outro
no outro, a cerca do outro vidro.

Sorria bonitinho,
uns cinco ou seis no máximo.
Janelinhas na porta da frente,
de seu sorriso, rosto ensolarado.

Me deu um tchauzinho tímido,
e olhou para a mãe aprovar,
sorri de imediato e olhei-a de lado,
mas fiz mais do que ela poderia esperar.

Lhe dei língua e revirei os olhos,
fazendo tua pequena boca gargalhar,
e ao parar do meu translado, pude
com ela ao menos me comunicar.

Por alguns segundos pequenina,
se fez grande no meu esquecer,
esquecer de tudo e focar nela,
pedaço de um novo alvorecer.

E quando a notícia se fez pura,
minha mente pode perceber,
que ela era parte de mim que queria sorrir,
Que queria aquilo tudo conceber.

E quando ela e eu fomos, para nossos respectivos
nos saudamos com um adeus,
ela com seus dedinhos minúsculos
e eu com o meu total sorriso, a agradecer.

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