quarta-feira, abril 16

Renúncias.

Deixar algo para trás é sempre doloroso. Escolher é tentar redimir-se de sofrer, e por ai que giram as expectativas, as vezes não tão benevolentes quanto acreditamos.
As renúncias da vida são tantas, são ótimos exemplos de dizer ao mundo quem é você. Suas escolhas são reflexos da sua mente, que não cessam por mais de uma saída, sempre. Se tudo fosse realmente tão fácil quanto queremos, escolheríamos um caminho com bifurcações... e assim, quando por lá passássemos, poderíamos saber qual dos dois nos deixou mais a vontade, nos fez respirar mais fundo por puro prazer. Mas que pena, mera ilusão dessa massa cinzenta.
Quando escolhemos, acreditamos. Confiamos ao apontado aquilo que nos trará um pouco de paz, apesar de por muitas vezes termos de fazer escolhas não tão agradáveis, e nem tão "escolhidas" quanto o momento nos fez redigir.
Por muitas, a obrigação nos faz mais fortes. Não por vontade própria, mas por necessidade... necessidade essa de tampar aquele buraco, aquele que em você ficou por tantos anos, fazendo saculejar essa carroça que se chama vida. Fazer tremer a mente.
Tantas vezes tropecei em meus vícios, meu vício de corrigir as mazelas. Quando as escolhas são absurdas e movidas por um frenesi momentâneo, só me resta sucumbir aos vícios, tantos. Diria a preguiça, ou o medo, a aflição ou o sofrer por pura antecipação. Quando escolho, penso tanto que fico com a cabeça latejando, e apesar de tentativas frustradas à mente, por muitas, escolho mal.
Minhas renúncias são mágoas, pois se tivesse feito isso, ou aquilo, como estaria agora? Mais uma vez, medrosa, é claro. Mas não por muito tempo.
Depois que me conformo, desisto. Não há santo que me faça sofrer, nem anjo que me faça recobrar a dor do perdido, ou a imensa falta do que nem sei? Me faria...
Exatamente, algo que nem sei se seria tão bom quanto almejei, tão bom quanto a outra forma poderia ser, se não a tivesse escolhido. Os caminhos nem sempre são tão bons, as vezes, não existe lado bom e não existe de tudo, ruim. O curso pelo qual levamos nossas vidas, dependem completamente de escolhas, por vezes, péssimas... mas NUNCA, não feitas.
E essa é a verdadeira renúncia que devemos fazer, a todas as felicidades instantâneas que reluzem por aí, que tanto nos cegam.

Um comentário:

Anônimo disse...
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