segunda-feira, fevereiro 18

E o que resta, enfim?

O pouco que me tem nada me é válido.
Se de outrora tua imagem em meus
olhos, tua pele no meu tocar e teu
cabelo sob meus dedos a bagunçar.
O pouco que me resta é mínimo.
Se de outrora eras tu a me acordar,
tu a me fazer dormir, ninar.
Se teus arroubos não me vêem mais,
teu sorriso não mais no meu sorri e
nem tua música faz ecoar saudade
de outro dia, que era ontem.
O pouco que de ti tenho é só sussurro.
Se agora há algo que não se ouve direito,
mas que dá pra se sentir, coração acelerado.
Sussurro do vento que se calou, enfim.
O pouco que de ti resta é só saudade.
Se agora só vale o não mais tardio amigo,
sincero e devotado, a visitar-me às manhãs.
Manhãs de olhos brilhantes, outrora...

2 comentários:

Anônimo disse...

Lindo, simplesmente.

Isso tudo que dizes é amor?

Jamile Marcellino disse...

Oi, obrigada!

é amor, é paixão, é isso
é aquilo..

é de tudo um pouco :)