quinta-feira, fevereiro 14

Jamiel

Estive pensando um dia
De que vale afogar-se em passado
Já que a história desse mundo errado
É fundamentada em desarmonia?

Pesquei dúvidas num mar gelado
Afinco os dias, assim calado
Sozinho, solto e soldado
De tudo aquilo que na vida havia encontrado.

Implorei um consolo divino
De um Deus que não sei se existe
Pedi que a vista dessa vida triste
Se amenizasse aos meus olhos de menino.

Se consolo divino ouço
Como posso residir em um moço?
Moço de cara feliz, mas jogado no poço
Num poço imprudente de vida que se vai
Assim, sem mais nem menos, como água que se esvai.

O tempo passa como um trem
Que busca o destino apressado
E segue um padrão, jamais desviado
Não olha pros lados, não vê ninguém.

Mas o tempo que enfim ficou
Nada fez, nada mudou
No peito daquele que amou
Só a esperança, assim se justificou.

(Relato de uma vida, por dois pensadores na faculdade
poesia de um e de outro, que em uma se fez.)

Aos meus mais sinceros agradecimentos,
por você meu amigo, Rafael Loiola.
Poeta de poesias que choram, que falam
que sentem.

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