sexta-feira, fevereiro 29

Asas de papel.

Me leve nas suas asas, imensas asas de papel.. que vão com o vento a todo instante. Planam sobre meu olhar, de quem pisca os olhos com cuidado para não perder-te quando os fecho.
Me leve daqui com suas asas de papel, asas de um pássaro que vai para longe, se tão longe fosse assim, que me leves, pra bem longe de mim.
Lá eu encontrarei um rio, onde poderei sossegar meus pés. Onde a brisa me leve aonde jamais cheguei e os aromas me persigam sem ao menos percebe-los. Se o céu que me cobre a cabeça pudesse enfim refletir meus olhos, seria um céu azul de nuvens brancas, algodão sobre as mãos... tão precioso de se ver.
Então me leve em suas asas pra longe daqui, mal posso ver a hora de esquecer minha rotina, parar de temer meus temores, traçar longos planos pra felicidade e recobrar a minha sanidade. Já tão perdida... sanidade.

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