terça-feira, fevereiro 26

Laço azul.

Sobre o cabelo agora grande segue
um laço azul cintilante. Gosta de
fazer tranças e coloca-lo na ponta
ou pentear o cabelo pela metade e
prende-lo sobe o topo da cabeça,
como se fosse uma menininha
de cinco anos.
Segue romântico, o laço cintilante
agora disposto num cabelo tão
àvido, tão secretamente disposto,
pois antes, só lhe cabiam cortes a
altura dos ombros.
O mesmo laço, romântico e às noites
discreto, calado que por ti fala muito,
por ti fala do seu doce véu de carinho
seu acalentar dos dedos ao rosto e dos
suspiros antes de dormir.
Por ti fala, num rosto que por vezes
nada diz, numa boca que por muitas
tenta falar e por várias se cala e condiz,
com o que o resto das bocas lhe diz.
Apesar de laço, um nó lhe trava por
não abraçar teu corpo, envolver tua
alma e exaltar tua espécie, rara.

Nenhum comentário: