terça-feira, fevereiro 26

Vento

Agora à proa me detenho,
nem popa, nem cabine se
assim pudessem, iriam me
seduzir, me abraçar.

Da proa vejo o mar, respiro
e a fumaça se vai, rápido.
A escota está atada, as velas
não se abrem contra o vento.

Agora recluso, sozinho e imóvel
persisto. Indolor aos pensamentos
infelizes de outrora. Só desejo uma
ida tranquila, quem sabe,
assim não dolorosa.

Sujeito infeliz que fui, de proa,
de popa de cabine, de barco que
me chamou para redigir, maldita
história de sete mares, que agora
enfim me deixam à mercê dos ventos,
do tempo..tempo que não passa pra mim.

Nenhum comentário: