quinta-feira, fevereiro 21

Isla Negra

Nem ao menos enxergar o mar sobre tantos mares, aos olhos daquele que sempre viu selvas e relvas de pedra, concreto. Agora vejo aos meus passos a terra,barro e o frescor.
Venho à mim como a Isla Negra, que me penetra os ares a cada segundo, invade plantações de aromas jamais sentidos e flores selvagens de cores, nunca antes, em toda minha vida, vistas.
Deixo para trás os males dos velhos poemas, das velhas dores, agora cicatrizes de uma ferida que não mais se sente. Hora de seguir passos aos meus novos amores, que por dias passo a pensar incessantemente; as palavras descritivas, os poemas e as posias.
Venho à Isla Negra como à uma paixão, passo dias a inebriar-me em suas belas curvas de depressões e montanhas. Passo horas há deliciar-me com a vista das novas folhas que se desenrolam, debruçadaas à suas irmãs. As mais incríveis espécies que pude com os olhos enfim tocar, pois de mãos sou apenas livros. As àguas turbulentas que se chocam contra a parede rochosa, tão dura como minha antiga poesia. Linda Isla Negra, onde me delicio, entorpeço em me embrigado. Me apaixono a cada instante, apesar de recluso ser este sentimento, que terá de se abster de eclodir, pois como toda paixão um dia se vai, eu da minha bela e querida Isla Negra, um dia enfim terei de partir.

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